Dra. Bruna Cortez Rahal
Quais os tipos mais frequentes de T.O.C.?
Como é o tratamento desta condição e qual o papel da terapia?
O T.O.C., também conhecido como Transtorno Obsessivo Compulsivo, é uma condição que se elenca no leque de TRANSTORNOS DA ANSIEDADE, apresentando, como principal característica, a multiplicidade de pensamentos obsessivos e de comportamentos compulsivos.
AS OBSESSÕES são caracterizadas por pensamentos, imagens ou impulsos que invadem nossas mentes de maneira repetitiva, persistente e com estereótipos. Estes estereótipos podem vir seguidos ou não de COMPULSÕES, ou rituais que, em tese, neutralizá-los-iam. Esta alternância obsessão / compulsão leva a uma ansiedade extrema, bem como intenso desconforto, limitando progressivamente e por vezes realmente incapacitando as nossas atividades rotineiras, mesmo as mais simples, que passam a ter maior complexidade para o portador do T.O.C.
O tratamento disponível para o TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO pode ajudar a controlar os sintomas e evitar que eles interfiram de modo limitante na qualidade de vida dos pacientes. As duas principais abordagens preconizadas para o tratamento são a PSICOTERAPIA, realizada por profissional capacitado e com expertise nesta modalidade, muitas vezes associada ao uso de MEDICAMENTOS PSIQUIÁTRICOS.
No que tange ao TRATAMENTO PSICOTERÁPICO, esta abordagem é considerada pelos médicos como uma das formas mais eficientes de tratamento para o T.O.C.
Dentre as técnicas em PSICO-EDUCAÇÃO, procede-se à EPR (exposição preventiva de resposta), que consiste na exposição gradual e paulatina do paciente às situações em que, normalmente, este evitaria e temeria visando evitar o ciclo obsessão-compulsão.
Como muitos destes pensamentos obsessivos geram desconforto, seus portadores desenvolvem outro mecanismo, inadequado, mas efetivo momentaneamente, para aliviar este mal estar, que são os COMPORTAMENTOS RITUALÍSTICOS, alimentando e reforçando reforçam a obsessão e a compulsão.
A realização de EPR (exposição preventiva de resposta) ou seja, a habituação ao mal estar das obsessões, podem levar ao ENFRENTAMENTO DA NÃO REALIZAÇÃO DOS RITUAIS A LONGO PRAZO, possibilitando a formação de novas conexões cerebrais, links mentais, para o desenvolvimento de mecanismos de DESCARTE DOS PENSAMENTOS INTRUSIVOS. Esse processo é contínuo, devendo ser realizado e treinado até que o paciente consiga aprender maneiras saudáveis de lidar com a própria ansiedade, sem recorrer a tais características.
A vertente medicamentosa da terapêutica deve ser mantida e acompanhada em paralelo, de modo que estas exposições possam ser realizadas de forma mais segura. Inicialmente a opção medicamentosa, quando necessária, é por anti-depressivos e ansiolíticos, hoje bastante seguros e previsíveis.
A combinação Psico-terapia – medicamentosa, realizada por profissionais com expertise e atualizados neste campo, é a opção mais efetiva, preconizada aos nossos pacientes, e oferecida pelos profissionais do INSTITUTO HOLOS-VIDA.
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