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Foto do escritorInstituto Holos-Vida

Biópsia prostática guiada por ultrassonografia


Dr. Antonio Rahal


O que é preciso saber sobre este procedimento?

Quais as novidades tecnológicas envolvendo a ultrassonografia protática?



A Biópsia Prostática guiada por ultrassonografia é um procedimento que faz parte do grupo de procedimentos intervencionistas percutâneos guiados por imagem, com objetivo de realizar uma amostragem histológica da próstata, em casos de dúvidas quanto à presença de malignidade envolvendo este órgão.


A neoplasia maligna da próstata é condição altamente prevalente na população masculina global. No Brasil, é o segundo tipo mais frequente de câncer envolvendo o sexo masculino. A prevenção, como em todo o campo da medicina, é a palavra de ouro sendo, neste contexto, a dosagem de PSA (antígeno prostático específico), o toque retal e a ultrassonografia prostática os elementos principais. Quando houver alteração em um ou mais destes exames, a biópsia prostática estará indicada.


Outra situação em que a biópsia prostática está indicada é a re-biópsia, ou seja, quando um paciente realizou uma biopsia que evidenciou, em uma ou mais áreas da próstata lesões indeterminadas, em que não é possível afirmar se há ou não câncer. Nestes casos, o controle periódico de imagem, por ultrassonografia e também por ressonância magnética é preconizado. Quando houver nova alteração nos marcadores sanguíneos ou nos exames de imagem, uma nova biópsia será indicada.

A biópsia prostática é realizada sob sedação, com um profissional médico anestesista, por acesso transretal, na maioria das vezes com ultrassonografia isoladamente, sendo retirados de 12 a 14 fragmentos da glândula prostática. São amostradas, de modo randômico, as regiões das bases, dos terços médios, dos ápices e das zonas de transição, em ambos lados da próstata. Quando houver uma ou mais lesões focais na próstata, seja identificada por ultrassonografia ou por ressonância magnética, fragmentos adicionais serão obtidos, cerca de 3 de cada lesão.


Dentro do campo das inovações tecnológicas envolvendo a biópsia prostática, podemos destacar a biópsia prostática com fusão de imagens de ressonância magnética. Esta modalidade está indicada em casos de lesões que são caracterizadas apenas em exames de ressonância, e não em exames de ultrassom. Neste caso, utilizamos aparelhos de ultrassonografia capazes de realizar uma fusão das imagens ultrassonográficas com as de ressonância magnética, aumentando a acurácia e efetividade do procedimento.


A biópsia prostática é realizada em período de cerca de 20 a 30 minutos, sendo o paciente direcionado, após o procedimento, para uma unidade de recuperação pós-anestésica. Nesta unidade de recuperação, permanecerá até efetuar a primeira micção, estar acordado, recuperado da sedação e alimentado.


Cabe mencionar que, após procedimentos de biópsia prostática é comum a ocorrência de hematúria, ou seja, sangramento na urina, que pode ser pontual, ou persistir, em decréscimo, por até 2 a 3 dias. De igual modo, é frequente haver eliminação de coágulos pelo reto, nos primeiros 2 dias, e haver hematospermia, ou seja, laivos de sangue à ejaculação.


O procedimento é seguro, preciso e relativamente simples, de modo que o paciente pode retornar ao trabalho, desde que não exerça atividades extenuantes, já no dia seguinte. Atividades físicas maiores, como corridas e academia, podem ser realizadas, geralmente, após o 4º ou 5º dia pós-procedimento. Maiores restrições residem em atividades que cursam com impacto direto sobre a próstata, como ciclismo, motociclismo e equitação, devendo tais atividades ser realizadas apenas após 20 dias da realização da biópsia.


Importante ressaltar que, DIFERENTEMENTE da cirurgia de ressecção / retirada da próstata, que pode estar associada, em casos específicos, à temida impotência e à incontinência urinária, a biópsia prostática NÃO apresenta risco elevado para estas complicações sendo, na grande maioria das vezes, procedimento extremamente seguro para os pacientes que a esta se submetem.

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