Dr. Antonio Rahal
A Biópsia Hepática Percutânea é um procedimento que faz parte do vasto leque de exames diagnósticos no campo da Radiologia Intervencionista, portanto, médicos especialistas em Intervenção são os mais indicados para realizar este tipo de procedimento, do modo mais seguro e preciso possível.
Trata-se de procedimento minimamente invasivo, realizado com agulha de biópsia percutânea, geralmente do modelo semi-automático, de fino calibre (18 Ga, cerca de 1,0 mm) que, guiada por métodos de imagem, mais frequentemente ultrassonografia apenas, é introduzida através da pele no parênquima hepático, dentro do fígado, retirando de 2 a 3 fragmentos filiformes de tecido, que serão inseridos em recipiente adequado, com formol, e encaminhados para a análise anátomo-patológica, esta realizada por um médico patologista, com uso de microscópio, geralmente no ambiente de um laboratório.
A biópsia percutânea hepática é, normalmente, indicada face à suspeita de hepatopatias, por diferentes causas, geralmente cursando com aumento laboratorial de enzimas hepáticas, como TGO, TGP, Gama-GT. Nestes casos, frequentemente os exames de imagem, sobretudo ultrassonografia, o mais solicitado no contexto das avaliações hepato-biliares, apresentam-se normais, ou com alterações mínimas e discretas, sendo a esteatose hepática a mais comum.
Outras indicações de biópsia percutânea hepática são nódulos e lesões expansivas hepáticas de natureza indeterminada, ou suspeita aos métodos de imagem, visando estabelecer a origem da lesão, se tumoral benigna ou maligna. A depender do resultado da avaliação anátomo-patológica, os tratamentos serão distintos.
O procedimento de biópsia hepática percutânea é passível de realização em caráter ambulatorial ou mesmo de hospital-dia, na grande maioria das apresentações, com uso de anestesia local apenas.
O tempo total deste procedimento varia entre 20 e 30 minutos, sendo bem tolerado pelos pacientes. O tempo de recuperação pós-procedimento é de 3 a 4 horas, em unidade de recuperação pós-procedimento. A alimentação pode ser liberada após 1 hora do término da biópsia.
Há atualmente grande número de pacientes portadores de hepatopatias, no Brasil e no mundo, de diferentes naturezas, seja por cirroses viral ou alcoólica, até complicações de esquistossomose, fibroses e hepatites auto-imunes, nódulos e massas sólidas, dentre outras matizes. Os portadores de hepatopatias devem ter acompanhamento médico especializado e, em algum momento de suas vidas, poderão ser solicitados a realizar uma biópsia hepática.
O Instituto HOLOS VIDA possui, em seu corpo clínico, profissionais especialistas com grande experiência em todas as categorias de procedimentos intervencionistas percutâneos, como as biópsias hepáticas, podendo oferecer desde toda a orientação necessária anteriormente ao procedimento, bem como o seguimento pós-procedimento.
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